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Governo de Minas lança Plano Diretor do Turismo Verde para promover desenvolvimento sustentável do setor no estado

Governo de Minas lança Plano Diretor do Turismo Verde para promover desenvolvimento sustentável do setor no estado

Para proteger as riquezas naturais e o patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais, promovendo o desenvolvimento sustentável do turismo no estado, com foco na preservação ambiental e no uso consciente dos recursos naturais, o Governo de Minas lançou, nesta terça-feira (8/10), o Plano Diretor do Turismo Verde:  Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Minas Gerais.

Realizado por meio das secretarias de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), junto com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o plano foi apresentado em cerimônia no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, enfatiza que a iniciativa reforça o compromisso do Estado em alinhar as políticas públicas com as melhores práticas globais de sustentabilidade, incentivando um turismo responsável e ambientalmente consciente.

“A sustentabilidade é uma marca do governo. O Plano Diretor do Turismo Verde será uma das políticas mais transversais que pode haver em Minas. Estamos dando um sinal para Minas, para o Brasil e para o mundo de que aqui nós cuidamos do turismo, do meio ambiente, da natureza e de uma vida melhor e mais sustentável”, afirmou Leônidas de Oliveira.

Ao longo dos últimos meses, a Secult-MG realizou 15 oficinas para promover o Plano Diretor do Turismo Verde. Os encontros reuniram participantes de 48 Instâncias de Governança Regionais (IGRs), 20 operadores nacionais, 42 receptivos mineiros e sete especialistas do mercado turístico verde. A ação impactou cerca de 370 municípios do estado.

O plano conta ainda com apoio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Sebrae Minas, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e da Federação das Instâncias de Governança Regional de Minas Gerais (Fecitur).

O marco inicial do Plano Diretor do Turismo Verde será no 1° Congresso Nacional de Turismo e Cultura Sustentável, que será realizado em Belo Horizonte, nos dias 30 e 31/10. 

Ações e parcerias

O Plano envolve diversas ações, como a campanha de conscientização “Minas Verde”, direcionada a turistas, empreendedores e gestores públicos, projetos de educação ambiental, incentivos fiscais para municípios e estabelecimentos turísticos que adotarem medidas ambientais.

Há também a criação do Selo Verde Minas para cidades, vilas, estabelecimentos que sigam rigorosos critérios de sustentabilidade, implementação de sinalização de turismo no estado e a estruturação da Rota Verde, com o mapeamento e a promoção de rotas de ecoturismo em Minas Gerais.

Secretária Marília de Melo (Leo Bicalho / Secult-MG)


O lançamento do Plano Diretor do Turismo Verde vai ao encontro do desejo dos turistas. Segundo dados de 2023 da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), 95% dos viajantes afirmam que viagens sustentáveis são mais importantes do que nunca, 55% estariam dispostos a pagar mais por viagens certificadas como sustentáveis e 84% acreditam que a oferta de viagens sustentáveis pelas agências ainda é limitada.

A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, salientou a importância de se debater gestão ambiental enquanto política pública em um estado “que reúne três biomas biomas (Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica) e isso mostra como somos a síntese do Brasil. Teremos muitos resultados positivos com essa iniciativa em Minas Gerais”.

O plano também prevê ampla divulgação para mostrar o impacto das iniciativas verdes, capacitação e formação técnica, apoio logístico para gestores públicos interessados em aplicar soluções sustentáveis em suas cidades, e parcerias estratégicas com prefeituras, universidades, IGRs, empresas de energias limpa, startups e instituições ambientais, além de agências de turismo e operadores.

Minas Gerais abriga 95 Unidades de Conservação (UCs) estaduais, com cerca de 2,4 milhões de hectares de áreas protegidas nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. Dessas unidades, 35 estão abertas à visitação, com grande potencial turístico.

Em julho deste ano, por exemplo, a visitação aos 22 parques estaduais cresceu 12% em relação ao mesmo mês de 2023. Minas conta ainda com 296 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) oficialmente criadas, com um total de 116 mil hectares preservados, e a única cordilheira do Brasil, a do Espinhaço.

Carnaval Verde

O Plano Diretor do Turismo Verde terá ações de promoção nas campanhas de fim de ano do Governo de Minas – Natal da Mineiridade e Virada da Liberdade – e o programa será incorporado à folia mineira em 2025 com o projeto Carnaval Verde, integrando turismo e sustentabilidade.

“A Codemge busca ser a empresa que é a fábrica de projetos do Estado, projetos estruturantes que reúnem secretarias como Semad e Secult-MG para gerar emprego e renda”, destacou o presidente da companhia, Sérgio Lopes Cabral. 

Diversos setores da sociedade civil, iniciativa privada e órgãos públicos trabalharam na construção do Plano Diretor do Turismo Verde em sintonia com o Programa de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).

Minas Gerais está na terceira colocação dos estados brasileiros na execução das metas relacionadas aos ODS, criado para ser um guia para setores público e privado para as transformações necessárias até 2030 na maneira de produzir, consumir e interagir com o meio ambiente.

A iniciativa é realizada com recursos do Acordo de Reparação ao rompimento em Brumadinho, assinado pelos compromitentes – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) -. O rompimento tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais.

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